Cereja era uma menina muito legal que adorava brincar com seus amigos, ler e escrever histórias.
Suas histórias eram muito boas, sempre cheias de animais, florestas e objetos mágicos. Essa menina tinha muita imaginação.
Mas Cereja também tinha um problema, por ser cega, sua mãe não deixava ela sair sozinha de casa. Achava que a menina poderia se perder na rua, por não conseguir enxergar.
Só que Cereja não desistia do que queria de uma forma fácil, gostava de lutar para conseguir o que desejava.
Foi assim quando quis aprender a ler e a escrever, e também quando quis aprender a andar de bicicleta. Foi difícil, mas sempre é, para todo mundo.
Por isso que Cereja não desiste nunca!
Igual a uma vez que participou de um concurso em sua escola, de quem fazia o laço mais bonito no tênis. E ganhou.
Até hoje muitas meninas pedem para ela ensinar a fazer aquele laço tão lindo.
E quando desejou aprender a nadar, acha que ela desistiu quando não conseguiu na primeira vez? Que nada!
Continuou prestando atenção no professor, tomando cuidado e se dedicando muito nas aulas de natação. Até que conseguiu, e hoje tem um montão de medalhas.
A verdade é que Cereja consegue enxergar tudo, mas não com olhos. Ela sente todas as coisas com as mãos, presta bastante atenção aos sons e abre seu coração para perceber tudo em sua volta.
O restante, sua imaginação completa. E assim a vida fica muito boa, igual para todos os que podem ver com os olhos.
Mas nossa amiga ainda não esqueceu que quer andar na rua sozinha, pegar ônibus e passear. Só que dessa vez está difícil. Como poderia fazer isso?
E essa pergunta continuou na cabeça de Cereja, até que teve uma grande ideia!
Pegou um cabinho e começou a usar ele como uma bengala. Desse jeito ia batendo com ele em tudo o que estava em sua frente, e assim, conseguia ver e ouvir melhor as coisas.
Depois de treinar e se esforçar muito, nossa amiga Cereja conseguiu de novo. Hoje, segurando seu cabinho, ela vai para a escola e para a praça sozinha!
E já estão até dizendo por aí que está namorando aquele menino que achava bem bonito.
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